Assembleia Diocesana de Catequistas 2024
Assembleia Diocesana de Catequistas 2024
A Oração e a Catequese
Breve resumo
O Sr. Padre Rui Santiago, Redentorista, iniciou a sua comunicação pedindo-nos a nós, Catequistas, para sermos gente de oração que é a forma de dar testemunho de Jesus. Mas alertou-nos para que a oração não seja, não pode ser, da ordem da técnica, da ordem da rotina, da ordem da forma ou da ordem do dever. A oração é, como também diz o Papa Francisco, um respiro da alma: “orar é respirar, caminhando…”, chamando a atenção para a nossa necessidade profunda de oração, que alimenta a nossa relação com Deus, e é por isso que é tão importante crescermos na Fé, amadurecê-la, para que a Oração a acompanhe, e que esteja no coração e na expressão desse crescimento. Rezar é entrar no mistério de Jesus, é trazer à boca o que está no nosso coração. É cultivar a nossa convivência com Jesus e abrir-se à influência do Espírito Santo.
Deus é relação, é comunhão entre o Pai e o Filho, pelo Espírito. Diz-nos Santo Agostinho que, Deus é o Amante (Pai), o Amado (Jesus), o Amor (Espírito Santo). Diferentemente das outras tradições religiosas em que a oração é uma forma de vencer a distância entre Deus e o homem, para o Cristão a oração é “reagir a uma proximidade”, é o acolhimento de uma presença… é o Espírito Santo que reza em nós. Somos envolvidos numa presença e apanhados por uma influência. É por isso que podemos dizer: “Diz-me como rezas, dir-te-ei como é a tua relação com Deus”.
A própria Liturgia Eucarística traz-nos uma profissão de Fé e um mandamento que constantemente repetimos: “Ele está no meio de nós” e “Oremos”, um convite à Oração que se repete inúmeras vezes, mas ao qual por vezes estamos alheios, distraídos.
Jesus é um homem de oração, e através dos Evangelhos podemos perceber quatro níveis de aprofundamento da Oração: 1º - Oração de Jesus, 2º - Oração à Jesus, 3º - Oração em nome de Jesus, e 4º - Oração a Jesus. Jesus diz-nos que “Tudo o que pedirdes em Meu nome, Meu Pai vo-lo dará”, mas pedir em nome de Jesus é pedir o que Ele pede, gostar do que Ele gosta, querer o que Ele quer… Para isso é necessário aprofundar o nosso conhecimento sobre Jesus.
Jesus é tentado, e as suas tentações são como as nossas… nós tropeçamos, mas Jesus não caiu. E não só nos ensina que se podem vencer, como nos abre a vida para aprendermos como se podem vencer, e nos dá o Espírito para termos força para vencer. Jesus agarra-se ás Escrituras… rezar as Escrituras é algo que nós, Catequistas, devemos aprender a fazer com Jesus. Devemos querer aprofundar o caminho de oração, deixarmo-nos transformar pela Oração que sai do nosso coração, do mais íntimo, do mais profundo de nós.
O Sr. Pe Rui terminou com uma breve citação de E. Peterson, alertando-nos para a beleza da Oração dos Salmos, e como Jesus, que de pequenino aprendeu a rezar com os Salmos, no Seu maior sofrimento, recorreu a frases dos Salmos para falar com o Pai. Aprendamos a rezar com os Salmos que “dirigem, moldam as orações dos cristãos, para a fluência da oração, enquanto tua língua original”. (E.Peterson).