
Mensagem do Santo Padre para a Quaresma 2025
MENSAGEM DO SANTO PADRE
FRANCISCO
PARA A QUARESMA DE 2025
Caminhemos juntos na esperança
Queridos irmãos e irmãs!
Com o sinal penitencial das cinzas sobre as nossas cabeças, iniciamos na fé e na esperança a peregrinação anual da Santa Quaresma. A Igreja, mãe e mestra, convida-nos a preparar os nossos corações e a abrir-nos à graça de Deus para podermos celebrar com grande alegria o triunfo pascal de Cristo, o Senhor, sobre o pecado e a morte, como exclamava São Paulo: «A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» ( 1Cor 15, 54-55). Realmente, Jesus Cristo, morto e ressuscitado, é o centro da nossa fé e a garantia da nossa esperança na grande promessa do Pai, já realizada n’Ele, Seu Filho amado: a vida eterna (cf. Jo 10, 28; 17, 3) [1].
Nesta Quaresma, enriquecida pela graça do Ano Jubilar, gostaria de oferecer algumas reflexões sobre o que significa caminhar juntos na esperança e evidenciar os apelos à conversão que a misericórdia de Deus dirige a todos nós, enquanto indivíduos e comunidades.
Vivência do Jublieu 2025
Links:
-> Inscrições
-> Acesso ZOOM
Todos somos frágeis
“TODOS SOMOS FRÁGEIS...”
“O Senhor Deus formou o homem do pó da terra,
Insuflou nele um SOPRO DE VIDA,
e o homem tornou-se um SER VIVO” (Gn 2, 7).
“Ó ‘Vó, o que são coisas frágeis?” “Minha querida, sabes aquela taça pequenina, mas muito bonita, que a avó leva com muito cuidado? Ela é frágil. Se não levarmos com cuidado, pode cair e partir-se…. E depois já não serve para nada…”
E assim somos nós, como a taça pequenina desta avó…. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, mas formados do “pó da terra” que o Senhor Deus tomou em suas mãos, e “insuflou nele o sopro de vida” (Gn 2, 7). S. Paulo compara-nos a “(…) vasos de barro (…)” (2Cor. 4, 7a), comparando também a nossa vida a uma tenda (2Cor. 5, 1ss), frágil, que facilmente se pode estragar. De facto, a nossa fragilidade física é facilmente reconhecida por todos nós, que devemos ir cuidando dela, como nos lembra o 5º Mandamento da Lei de Deus: “Não matar, (nem causar outro dano no corpo ou na alma, a si mesmo ou ao próximo)”1 … Vamos cuidando dela, para nos fortalecermos; mas descuramos outros aspectos da nossa fragilidade: a fragilidade psicológica e emocional, e a fragilidade espiritual, procurando, por vezes, até esquecer que existem. De facto, promover o cuidado da nossa fragilidade emocional e espiritual implica um esforço de atenção e de educação pessoal que devemos ter para connosco, e também para com todos aqueles que nos são próximos, sejam eles crianças ou adultos. (descarregar)
Continuar em Documentos "Material de Apoio - Diversos - Artigos de Ana Faria"