
Mensagem do Santo Padre para a Quaresma 2025
MENSAGEM DO SANTO PADRE
FRANCISCO
PARA A QUARESMA DE 2025
Caminhemos juntos na esperança
Queridos irmãos e irmãs!
Com o sinal penitencial das cinzas sobre as nossas cabeças, iniciamos na fé e na esperança a peregrinação anual da Santa Quaresma. A Igreja, mãe e mestra, convida-nos a preparar os nossos corações e a abrir-nos à graça de Deus para podermos celebrar com grande alegria o triunfo pascal de Cristo, o Senhor, sobre o pecado e a morte, como exclamava São Paulo: «A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» ( 1Cor 15, 54-55). Realmente, Jesus Cristo, morto e ressuscitado, é o centro da nossa fé e a garantia da nossa esperança na grande promessa do Pai, já realizada n’Ele, Seu Filho amado: a vida eterna (cf. Jo 10, 28; 17, 3) [1].
Nesta Quaresma, enriquecida pela graça do Ano Jubilar, gostaria de oferecer algumas reflexões sobre o que significa caminhar juntos na esperança e evidenciar os apelos à conversão que a misericórdia de Deus dirige a todos nós, enquanto indivíduos e comunidades.
Ciclo - Jubileu 2025. Jesus Cristo Nossa Esperança
PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
Ciclo – Jubileu 2025. Jesus Cristo Nossa Esperança.
I. A infância de Jesus. 1. Genealogia de Jesus (Mt 1,1-17). 4. "Bem-aventurada sois vós que acreditastes" (Lc 1, 45). A Visitação e o Magnificat
Estimados irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje contemplamos a beleza de Jesus Cristo, nossa esperança, no mistério da Visitação. A Virgem Maria visita Santa Isabel; mas é sobretudo Jesus, no seio da mãe, que visita o seu povo (cf. Lc 1, 68), como diz Zacarias no seu hino de louvor.
Depois da admiração e maravilha por aquilo que lhe foi anunciado pelo Anjo, Maria levanta-se e põe-se a caminho, como todos os chamados da Bíblia, pois «o único ato com que o homem pode corresponder ao Deus que se revela é o da disponibilidade ilimitada» (H.U. von Balthasar, Vocazione, Roma 2002, 29). Esta jovem filha de Israel não decide proteger-se do mundo, não teme os perigos e os julgamentos alheios, mas vai ao encontro dos outros.
Quando alguém se sente amado, experimenta uma força que faz circular o amor; como diz o apóstolo Paulo, «o amor de Cristo constrange-nos» (2 Cor 5, 14), impele-nos, move-nos. Maria sente o impulso do amor e vai ajudar uma mulher que é sua parente, mas é também uma idosa que, depois de longa espera, acolhe uma gravidez inesperada, difícil de enfrentar na sua idade. Mas a Virgem vai ao encontro de Isabel também para partilhar a fé no Deus do impossível e a esperança no cumprimento das suas promessas.
Continuar em Documentos "Papa - 1. Catequeses - Jesus Cristo Nossa Esperança"
1ª Catequese: A entrada do Filho de Deus na história
2ª Catequese: O anúncio a Maria. A escuta e a disponibilidade
3ª Catequese: O anúncio a José
4ª Catequese: A Visitação e o Magnificat
Todos somos frágeis
“TODOS SOMOS FRÁGEIS...”
“O Senhor Deus formou o homem do pó da terra,
Insuflou nele um SOPRO DE VIDA,
e o homem tornou-se um SER VIVO” (Gn 2, 7).
“Ó ‘Vó, o que são coisas frágeis?” “Minha querida, sabes aquela taça pequenina, mas muito bonita, que a avó leva com muito cuidado? Ela é frágil. Se não levarmos com cuidado, pode cair e partir-se…. E depois já não serve para nada…”
E assim somos nós, como a taça pequenina desta avó…. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, mas formados do “pó da terra” que o Senhor Deus tomou em suas mãos, e “insuflou nele o sopro de vida” (Gn 2, 7). S. Paulo compara-nos a “(…) vasos de barro (…)” (2Cor. 4, 7a), comparando também a nossa vida a uma tenda (2Cor. 5, 1ss), frágil, que facilmente se pode estragar. De facto, a nossa fragilidade física é facilmente reconhecida por todos nós, que devemos ir cuidando dela, como nos lembra o 5º Mandamento da Lei de Deus: “Não matar, (nem causar outro dano no corpo ou na alma, a si mesmo ou ao próximo)”1 … Vamos cuidando dela, para nos fortalecermos; mas descuramos outros aspectos da nossa fragilidade: a fragilidade psicológica e emocional, e a fragilidade espiritual, procurando, por vezes, até esquecer que existem. De facto, promover o cuidado da nossa fragilidade emocional e espiritual implica um esforço de atenção e de educação pessoal que devemos ter para connosco, e também para com todos aqueles que nos são próximos, sejam eles crianças ou adultos. (descarregar)
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Ministérios laicais para uma Igreja Ministerial
Ministérios laicais para uma Igreja Ministerial
Introdução
1. A doutrina do Concílio Vaticano II sobre a presença e a ação do Espírito Santo na vida da Igreja (cf. LG 4) esboça a missão de Cristo culminada na Páscoa (SC 5): desde então o Espírito Santo enriquece a Igreja e guia-a com diversos dons hierárquicos e carismáticos: «há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; há diversidade de serviços, mas o Senhor é o mesmo; há diversos modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito, para proveito comum» (1Cor 12,4-7; cf. Ef 4,11-13).
Nesta convicção de fé, o Concílio Vaticano II projetou uma Igreja pluriministerial, rica de pastores, de profetas, de doutores, de anciãos, entre outros, na qual se manifesta a fecundidade carismática do Espírito do Ressuscitado. Deste modo superou a ideia de que os carismas pertenciam apenas à Igreja primitiva ou eram reservados apenas à função hierárquica. O Decreto Apostolicam actuositatem (cf. AA 3,4,30) afirma que o Espírito Santo infunde carismas particulares nos batizados, para que estes contribuam para a edificação da Igreja e para o bem de todos com o seu próprio dom.