Obrigado Jesus a minha conversão do islamismo ao catolicismo
Autor: Magdi Cristiano Allam
Paginas: 219
Tradução: Bernardino Henriques
Editora: Gráfica de Coimbra
ISBN: 978-972-603-434-6
Descrição:
"Durante cinquenta e seis anos, concebi-me como muçulmano, e todos os que me rodeavam era como muçulmano que me viam. Passados estes cinquenta e seis anos, fiz-me cristão rejeitando a identidade islâmica que, consciente e voluntariamente, reneguei. Dentro e fora de mim, tudo mudará. Nada será como dantes". Na noite de 22 de Março de 2008, durante a Vigília Pascal celebrada pelo papa Bento XVI na Basílica de S. Pedro, Magdi Allam recebeu das mãos do sumo pontífice os sacramentos da iniciação cristã (Baptismo, Confirmação e Eucaristia) e tornou-se Magdi Cristiano Aliam ("Escolhi-o propositadamente porque quis que a mensagem fosse simples e explícita. Quem poderá duvidar jamais de que Magdi Cristiano seja cristão?"). Completando um longo e penoso percurso que o levou a assumir o corte definitivo com o islão, a religião que tinha herdado dos seus pais, a sua é uma história pessoal de dúvidas e de sofrimentos.
Como era fácil de prever, sabendo-se que no último decénio foi "o muçulmano que mais se empenhou por introduzir na Itália o islão da fé e da razão" ao ponto de se tornar alvo de ameaças de morte por parte dos fundamentalistas islâmicos que o obrigaram a viver sob escolta, o acontecimento suscitou não só o interesse dos meios de comunicação de todo o mundo, mas até acesas polémicas alimentadas por aqueles que consideraram não só a decisão de Allam de tornar pública a sua profissão de fé, como também a aceitação da mesma por parte do papa, uma espécie de "provocação" e um sopro mais a atear o fogo da "guerra de religiões" ou o "choque de civilizações". Embora a condenação por parte dos extremistas islâmicos, as críticas dos "muçulmanos moderados", dos laicos e de algumas figuras do cristianismo não se fizessem esperar, foram, contudo, muitas mais as manifestações de afecto e de solidariedade.
Obrigado, Jesus! é o relato inspirado e emotivo de uma conversão religiosa, um grito de alarme em defesa da sacralidade da vida e da dignidade da pessoa e, ao mesmo tempo, é também uma forte mensagem de esperança numa autêntica cultura do diálogo e da paz que não pode apoiar-se no relativismo ético e no "politicamente correcto", mas somente na partilha dos valores inalienáveis da nossa humanidade. "Eu sou um ex-muçulmano que, agora como católico, só pretende ser testemunha da verdade histórica da recuperação dos valores e da identidade sem os quais o Ocidente, que tem as suas raízes na fé e na cultura judeo-cristã, não se poderá libertar nem enfrentar construtivamente os muçulmanos. Mesmo distanciando-me radical e definitivamente do islão, enquanto religião, estou absolutamente convencido de que se pode e deve dialogar com todos os muçulmanos que, à partida, partilhem incondicionalmente os direitos fundamentais da pessoa humana e lutem pelo objectivo comum da civilização humana".